Carina Martins

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Carina Martins - Hub-structures - candeeiros na barragem de Bagaúste
Carina Martins - Hub-structures - escadas na barragem da Aguieira
Carina Martins - Hub-structures - construção na barragem do Baixo Sabor
Carina Martins - Hub-structures - janela e passagem pedonal na barragem da Aguieira
Carina Martins - Hub-structures - escadas numa barragem
Carina Martins - Hub-structures - construção na barragem do Baixo Sabor
Carina Martins - Hub-structures - candeeiros na barragem de Bagaúste
Carina Martins - Hub-structures - escadas na barragem da Aguieira
Carina Martins - Hub-structures - construção na barragem do Baixo Sabor
Carina Martins - Hub-structures - janela e passagem pedonal na barragem da Aguieira
Carina Martins - Hub-structures - escadas numa barragem
Carina Martins - Hub-structures - construção na barragem do Baixo Sabor

Hub-structures

2014

6 Impressões jacto de tinta
100 x 70 cm

A partir de uma ideia-base assente num paralelismo entre barragens e cidades, elaborou-se um trabalho fotográfico resultante de uma abordagem pessoal de várias visitas prospectivas às diferentes centrais hidroeléctricas da Aguieira, Baixo Sabor, Foz Tua e Bagaúste. ‘Cidades’ enquanto estruturas arquitectónicas que se erguem como compactas paredes de betão e ferro, com as suas dinâmicas próprias de redes complexas, muros e passagens, plataformas, pontes e túneis que são atravessados por fluxos de energia, colocados em acção pelas máquinas, pelas luzes, pelos sons.

As imagens destas ‘cidades’ vazias contrastam com a nossa percepção da vida urbana enquanto espaço repleto de pessoas que convivem em estreita proximidade em múltiplas acções quotidianas. Estas presenças imersas num território distante das nossas rotinas - física, culturalmente e politicamente - são para a maioria de nós uma realidade não visível: paisagens industriais que nascem como resultado das necessidades de uma sociedade contemporânea e que são como um sinal da nossa dependência dessa natureza.

A construção no interior destas infra-estruturas faz-nos recordar imagens alusivas a cenários de filmes de ficção científica em que os trabalhadores nas galerias do subsolo escavam nas vísceras da terra. Um universo submerso e indecifrável. O território inacessível torna-se visível e em pouco tempo erguem-se novas cidades e novas vivências. De um lado uma realidade escondida, do outro uma inesperada experiência de espaços urbanos.

© 2023 Carina Martins